leitura do livro
proposta de leitura para turma 302
Professora Ana Paula Krumel Huzalo
"Bem, se é uma era de maravilhas... Então, talvez tudo o que a gente consiga imaginar seja possível. Talvez um dia algum homem até aprenda a voar".
Viajar para o passado através das páginas de um livro é quase sempre uma experiência agradável. Se o enredo for empolgante, se a trama conseguir envolver-te, transportando você para um país europeu do século XV, o passeio terá valido a pena. Muitos dizem que é preciso conhecer o passado para se preparar para o futuro, portanto, se você é ou conhece alguém que tem a cabeça voltada para o futuramente, cuidado: o futuro é incerto, é perigoso. Pode te preparar uma arapuca das grandes.
Confesso que é importante ter um certo embasamento a respeito do passado; sempre é bom ter mais conhecimento, principalmente quando ele é adquirido por meio de uma aventura que mistura ficção com realidade, coisa muito mais divertida do que uma aula monótona de História. Foi isto que acabei percebendo ao adentrar nas páginas de Leonardo e a Invenção Mortal.
Estamos em Florença, 1466. O jovem Leonardo da Vinci é um rapaz que trabalha como ajudante na oficina do renomado artista Andrea del Verrocchio. Como todo aprendiz, ele tem o desejo de aprender o máximo possível com seu mestre para que, um dia, torne-se um artista tão famoso quanto. Leonardo é um garoto incompreendido. Além do fato de ter vindo do campo, muitas pessoas o mantém isolado por possuir hábitos incomuns; observar os pássaros voando, analisar o movimento das asas batendo contra o ar... Fazer desenhos de máquinas munidas de alavancas, válvulas, engrenagens...
Devido a tal incompreensão, ele era privado de fazer muitas das coisas que mais gostava, inclusive pintar. Se as pessoas soubessem o que o destino reservava para aquele menino... Mas voltemos ao enredo. Tudo que Leonardo quer é ter a chance de mostrar seu talento a alguém, ser reconhecido como artista perante a sociedade. Logo a atenção de todos recai sobre ele, embora não da maneira que desejava. Leonardo acaba sendo testemunha ocular de um assassinato e sem querer torna-se o culpado por tal homicídio.
Acontece que ser acusado de um crime que não cometeu não é o bastante. Sempre há algo mais. Leonardo descobre que uma conspiração, sob a liderança de um homem chamado Neroni, está sendo formada para tirar do poder Pedro di Médici, o maior mecenas de Florença. Como se já não bastasse, tal assassinato será concretizado por meio de uma máquina cujo desenho só Leonardo teve acesso. Agora, com a ajuda do amigo Sandro Botticelli e da escrava Fresina, Leonardo tem como objetivo descobrir que espécie de máquina mortal é esta antes que a cidade de Florença seja tomada por um novo governante.
O ponto forte do livro é justamente a união que o autor Robert J. Harris faz da ficção com a realidade. É realmente verdade que em 1466 uma conspiração estava sendo tramada para tirar os Médici do poder. Isso sem contar com as descrições minuciosas dos locais e com o mapa de Florença nas páginas iniciais. Não espere achar aqui uma ficção fantasiosa, com uma máquina mortífera que irá dizimar toda a cidade... O autor fez bem em limitar os avanços mecânicos aos padrões da época.
Outro fato importante que preciso mencionar é o profundo estudo que o autor fez da vida de Leonardo da Vinci. No livro somos levados à pequena vila onde Da Vinci nasceu, chegamos até a conhecer sua família. O autor também dá vários sinais da genialidade que Leonardo vai desabrochando ao longo de toda obra, fortalecendo a ideia de que a mais imprevisível das pessoas pode se transformar em um dos grandes ícones da humanidade.
fonte: www.meninodasletras.blogdpot.com
fonte: www.meninodasletras.blogdpot.com
desconfiança com relação à ciência e a tecnologia, já que não há como frear o aquecimento global causado pelo homem. A única solução, nesse caso, seria a colonização de outro planeta por pessoas de caráter, como os jovens do projeto Arca de Noé.
Da mesma forma que o discurso de Operação Buraco de Minhoca materializa certos sentidos em torno dos anseios e receios que se tem da ciência como provedora de soluções dos problemas humano, o discurso ambiental que permeia a sociedade pauta-se sobre a seguinte questão, muito bem colocada por Corazza (2005): “Será a tecnologia a causa ou a solução dos problemas ambientais?”. Se por um lado, a ciência não foi capaz de impedir a catástrofe ambiental que assola a Terra no século XXII, por outro, ela é a única esperança para a humanidade, pois seus avanços tornaram possíveis as viagens interplanetárias à velocidade da luz.
Mesmo contrariando os planos do Sr. Cheng, os jovens topam seguir com a Operação Buraco de Minhoca e acabam voltando para a Terra no ano de 2007. Encarregada de contar sobre o futuro de nosso planeta, Mira decide conversar com três de seus antepassados: um empresário, um político e um cientista, que representam os setores na sociedade que exercem maior influência sobre as políticas ambientais – as grandes corporações capitalistas, a comunidade científica e o governo. Para todos esses sujeitos, projeta-se a concepção egocêntrica e imediatista do ser humano, já que os três se mostram mais preocupados com suas próprias carreiras do que com a necessidade de mudar a postura consumista da sociedade.
Apenas pouco antes de voltar ao futuro é quando Mira consegue contar a sua história a uma escritora, que então escreve o presente livro. O final da história transita, então, entre o desfecho ucrônico e alotópico, pois tanto é possível que a humanidade mude seus hábitos depois de ler sobre seu futuro no livro, como ela pode mesmo desaparecer e se reiniciar apenas em Épsilon Eridane H, para onde os jovens retomam o rumo após finalizar a Operação Buraco de Minhoca. Evidentemente, a esperança que fica é a do desfecho ucrônico.
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